Um ano após a catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul, a CCR ViaSul vem implementando tecnologias e procedimentos de forma a monitorar e traçar estratégias que visem mitigar os impactos em caso de possíveis cenários similares.
Em caráter preventivo e de forma a manter o monitoramento integral das condições climáticas, todas as unidades do Grupo CCR possuem uma parceria com o Climatempo por meio da utilização da plataforma SMAC (Sistema de Monitoramento e Alerta Climatempo), tecnologia que analisa em tempo real as informações de satélites climáticos e, por meio de georreferenciamento, emite alertas sobre a possibilidade de altas incidências de chuvas em trechos das rodovias, bem como da possibilidade de movimentações do solo.
Além de monitorar em tempo real as condições climáticas, o Sistema também oferece previsões sobre o risco de novas ocorrências em períodos de até quinze dias, levando em consideração fatores como ondas de calor, índices de umidade, entre outros. Com esta ferramenta, é possível prever cenários e aumentar a eficiência das ações, tendo como premissa a segurança dos clientes que utilizam as rodovias.
A contratação da ferramenta do Climatempo faz parte da estratégia de resiliência climática do Grupo CCR, que leva em consideração o tema das mudanças climáticas como variável na estratégia de negócios da Companhia, mapeando os riscos climáticos e seus impactos e influenciando os planos de crescimento das operações, a gestão dos ativos no dia a dia e a elaboração de planos de mitigação.
Como isso funciona operacionalmente?
Tendo como base as medições e estimativas obtidas pelas avaliações dos satélites, é feito o acompanhamento dos índices pluviométricos nas regiões. Na CCR ViaSul, é utilizado o índice de 40 mm/h, que, quando atingido, tem início o plano de contingência por meio do fechamento da rodovia. Esse procedimento também é adotado quando há o alerta de movimentação de massa, que, nesses casos, também é levado para avaliação junto ao corpo técnico da Concessionária.
Em paralelo, é feito o acionamento das equipes técnicas para avaliação das condições de segurança da rodovia, além da comunicação aos entes públicos relacionados. Neste momento, outras frentes de conservação também já são mobilizadas para atuarem na liberação de eventuais trechos onde possa haver veículos obstruídos.
“Estamos falando de uma situação de extrema urgência em caráter emergencial. Por isso, reforçamos também nossas equipes com os colaboradores que estão aptos a auxiliar nessas situações. Porém, é fundamental lembrar que não podemos fazer nada por impulso pois é preciso garantir a segurança, tanto das equipes quanto dos nossos clientes. Então, seguimos à risca todo o protocolo de atendimento”, enfatiza Fernando de Marchi, diretor da CCR ViaSul.
Ações diárias que fazem a diferença
Importante lembrar que, independentemente de um cenário catastrófico como o vivido no ano ado, a Concessionária executa diariamente os chamados serviços de conservação da rodovia. Esses trabalhos incluem, além da recuperação do pavimento, substituição de sinalização, poda de árvores e capina, a limpeza e desobstrução, além da adequação, das redes de drenagem das rodovias.
Outras atividades realizadas por essas equipes são o monitoramento dos taludes, barreiras e pontes, principalmente em regiões consideradas críticas ou com reincidência. Nesses locais são instalados equipamentos como inclinômetros, fissurômetros e pluviômetros que fazem a instrumentação de forma a verificar qualquer tipo de comportamento atípico do solo. Ao sinal de qualquer alteração que possa oferecer risco aos clientes da rodovia, é feita a interdição do tráfego nesses locais.
Ações complementares
Aliado a todas essas iniciativas, a CCR ViaSul também compõe o Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas, iniciativa integrante dos compromissos firmados junto ao ProClima 20250, que define estratégias para o enfrentamento das mudanças climáticas no Rio Grande do Sul. Por meio do Fórum, são discutidas e propostas ações voltadas à mitigação, minimização e adaptação a tais mudanças.